O
COMPÊNDIO DE SOLHA
“VIDA
ABERTA”, livro recentemente lançado pela Penalux, do poeta/escritor Waldemar
José Solha. De tal modo que se alguém perguntar do que se trata o referido
livro, mostre a ele o poema do João Carlos Taveira e diga: trata-se disso!
Quatro
expressões me acorrem ao terminar de ler, pela segunda vez, o livro do Solha.
Conhecimento enciclopédico, poder de observação, erudição e imaginação
estupenda. Dir-se-ia ser um longo poema talvez um pouco hermético, mas tão bem
estruturado e ritmado que a O João Carlos Taveira sintetizou muito bem a
experiência de ler a “VIDA ABERTA” e a dificuldade em grande parte se dilui.
“da
flecha ao míssil,
tudo
segue,
difícil:
insuficiência
em
tudo”
Um
livro com um monte de referências que o enriquecem e até nos atordoam, mas, não
sei porque, me remete aos repentistas nordestinos.
“se
o que leio me bastasse
não
escreveria.
por
que o faria?”
E
logo adiante uma espécie de suma poética, escatológica ou estudo das últimas
coisas, mas que permeiam tudo desde a gênese do mundo, ao início de tudo, passando
até pelo naufrágio do Titanic e temos afinal “a vida – triste e bela como
enigma”
“e
a terra...indo pro escuro,
sem
o menor
futuro!”
Solha,
não sei como classificar o teu livro, só sei que ele desestabiliza, deixa-nos
meio tontos e embriagados das palavras. Como diz o próprio subtítulo: “Tratado
Poético-Filosófico”.
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