sábado, 20 de maio de 2023

VIDA ABERTA

 


O COMPÊNDIO DE SOLHA

 

“VIDA ABERTA”, livro recentemente lançado pela Penalux, do poeta/escritor Waldemar José Solha. De tal modo que se alguém perguntar do que se trata o referido livro, mostre a ele o poema do João Carlos Taveira e diga: trata-se disso!

Quatro expressões me acorrem ao terminar de ler, pela segunda vez, o livro do Solha. Conhecimento enciclopédico, poder de observação, erudição e imaginação estupenda. Dir-se-ia ser um longo poema talvez um pouco hermético, mas tão bem estruturado e ritmado que a O João Carlos Taveira sintetizou muito bem a experiência de ler a “VIDA ABERTA” e a dificuldade em grande parte se dilui.

 

“da flecha ao míssil,

tudo segue,

difícil:

insuficiência

em tudo”

 

Um livro com um monte de referências que o enriquecem e até nos atordoam, mas, não sei porque, me remete aos repentistas nordestinos.

 

“se o que leio me bastasse

não escreveria.

por que o faria?”

 

E logo adiante uma espécie de suma poética, escatológica ou estudo das últimas coisas, mas que permeiam tudo desde a gênese do mundo, ao início de tudo, passando até pelo naufrágio do Titanic e temos afinal “a vida – triste e bela como enigma”

“e a terra...indo pro escuro,

sem o menor

futuro!”

 

Solha, não sei como classificar o teu livro, só sei que ele desestabiliza, deixa-nos meio tontos e embriagados das palavras. Como diz o próprio subtítulo: “Tratado Poético-Filosófico”.

 


 

 

 

 

 

 

 

 

 


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