Gonzalo, terminei
de ler o seu livro "Rumo ao âmago da própria voz". muito interessante
essa ligação com a música, o rock progressivo, principalmente. "eu passei
a vida rascunhando gritos em uma sala de espelhos". legal isso. rei dos mortos
e ao mesmo tempo um espantalho que se declara um artista. "o maior dos
artistas" o que o leva a ser, por conseguinte, a ser o rei da tristeza.
"-oh convidados, meus leitores/meus semelhantes, meus hipócritas,
pupilos!!/não abandonem estes arabescos dourados,/eles irão se emaranhar como
serpentes em teus crânios/e fazê-los sofrer como quem dentro-/do próprio túmulo
em que houvesse nascido-/lesse o seu próprio epitáfio/. Você, Gonzalo,
demonstra ter uma estupenda imaginação. neste teu livro eu observei
características de Bob Dylan e Fernando Pessoa na pessoa do Álvaro de Campos,
como no poema das páginas 115 e 116 - muito bom. a ressalva que eu faço é
referente ao concretismo dos irmãos Campos, Augusto e Haroldo & Décio
Pignatari que pretenderam decretar o fim do “ciclo histórico do verso” e, a meu ver, não
obtiveram nada e isso só trunca a fluidez dos versos e da leitura.
mas a impressão
geral que fica é a de um bom livro e de um bom autor. parabéns!!!
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