Cristiano
Durães, gostei do seu poema “Vozes”. São realmente muitas vozes, polifônicas. Talvez
o nosso bardo ancestral devesse ter feito como você diz: “Camões devia ter deixado os versos irem mar
adentro”. Mas não o fez e então continuamos, hoje e sempre, lutando com as
palavras nessa batalha inglória. Admirei muito a estrofe:
“...e tenho estado entregue ao
nocaute
como quem reconhece no desmaio
a última oportunidade
de um sono tranquilo”.
Naquilo
que me cabe do poema, realmente continuo ainda revirando (ou tentando revirar)
“a terra da sepultura” até que se proceda o inverso e a terra seja jogada por
cima de mim, aquela mesma terra que deixei amontoada num canto.
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