Por Edson Bráz da Silva
Cubro
o meu corpo
com a
melodia que agora ouço
Embevecido
danço
como se o mundo
fosse
um palco
ou um
salão de baile
finda
a música e
despido
pelo silêncio
cubro
minha vergonha
com
minhas inúteis mãos
Cabisbaixo
procuro
refúgio nos cantos
nas
gretas e grutas
Todos
me olham, piedosos
Todos
me sorriem, complacentes
Nem
uma sombra para cobrir-me
desses
olhares, desses sorrisos
Apenas
minhas inúteis mãos
Apenas
eu
Mas,
começa uma nova canção.
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