Por Milton Rezende
As
telhas daquela casa
na
outra margem do hipotético sonho,
me
deixavam intrigado.
Saltei
o riacho,
e
penetrando nos quartos vazios
não
distingui neles as sombras
que
posteriormente viriam ocupar
todo
aquele espaço em construção.
Quebrei
a rotina da procura exterior
mas
não consegui ocultar o medo
da
noite que estava se delineando,
com
suas negras fotografias
prestes
a se revelarem.
Depois
de muito tempo
em
que minhas emoções se dispersaram
na
procura de uma porta que não havia,
eu
compreendi o meu equívoco
e
gritei em todos os sentidos
que
a noite se tornara impraticável.
Mas
adormeci calado
e
sem obter resposta.
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