Por Milton Rezende
Ponho-me a escrever sobre ti,
criatura sem carne
que me visita.
Não sei de onde vens,
mas sempre chegas
nas horas mais extenuantes
de minha fuga.
Fecho portas e janelas
para não te permitir
livre acesso sobre mim,
que de cansado me basto.
Mas tu me vens sem ser chamada
e mesmo sem chegar em forma clara,
sei que és minha consciência,
e te incorporo.
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