segunda-feira, 18 de outubro de 2021

A CASA IMPROVISADA

 

Eu achava que gostava de nadar, mas nunca aprendi e sempre afogava. Desisti. Passei a interessar-me por pescaria e ainda hoje, de vez em quando, gosto de pescar. Mas não sou bom pescador e não tenho nenhuma história pra contar, nem que seja de mentira. Resolvi então andar a cavalo e levei alguns tombos. Mudei de fase. Comecei a soltar pipas e papagaios e estou nessa até hoje, escrevendo e publicando livros presos a uma linha de barbante. Houve um tempo em que eu me imaginava compositor e não um poeta. Misturei tudo e acabei não sendo uma coisa nem outra, embora continue escrevendo. Ganhei um violão e com ele pensava conquistar o mundo, como tinham feito os Beatles, mas não passei dos primeiros acordes. Sempre fui e continuo sendo um idealista, embora tenha perdido todas as certezas ao longo do caminho. Reconheço que somos movidos a paixões, mas Sartre já advertia “que não é tarefa fácil amar alguém. É preciso ter uma energia, uma curiosidade, uma cegueira... há até um momento, bem no início, em que é preciso saltar por cima de um precipício: se refletimos, não o fazemos”. E ele conclui dizendo que nunca mais saltaria. Compete a nós a decisão e a escolha sobre todos esses pulos no escuro da vida. Em qualquer caso, resta-nos sempre a literatura.

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Capa comum: 126 páginas

Ano: 2019

ISBN: 978-85-5833-570-6

Idioma: português


Preço e onde comprar:

R$ 52,00 (incluindo o frete). Direto com o autor pelos e-mail:

milton.rezende@yahoo.com.br

 

Formas de pagamento: depósito e transferência bancária (Banco do Brasil e Caixa Federal) ou PIX    


Sobre o autor:  


Milton Rezende nasceu em Ervália (MG), em 23/09/1962. Viveu em Juiz de Fora (MG), onde foi estudante de Letras na UFJF. Funcionário público aposentado, atualmente reside em Campinas (SP). Escreve em prosa e poesia e sua obra consiste de doze livros publicados. Colaborações em diversos blogs, revistas, jornais e sites de literatura, tais como: Germina, Alagunas, Subversa, Jornal de Poesia, O Bule, Poesia para Todos, Palpitar, Gotas de poesia e Outras essências, Portal Literal, Recanto das Letras, Gaveta do Ivo, Contos Cabulosos e Cronópios.

 

Fortuna crítica: “Tempo de Poesia: Intertextualidade, heteronímia e inventário poético em Milton Rezende”, de Maria José Rezende Campos (Penalux, 2015).

 

www.miltoncarlosrezende.com.br


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