Eu achava que gostava de nadar, mas nunca
aprendi e sempre afogava. Desisti. Passei a interessar-me por pescaria e ainda
hoje, de vez em quando, gosto de pescar. Mas não sou bom pescador e não tenho
nenhuma história pra contar, nem que seja de mentira. Resolvi então andar a
cavalo e levei alguns tombos. Mudei de fase. Comecei a soltar pipas e papagaios
e estou nessa até hoje, escrevendo e publicando livros presos a uma linha de
barbante. Houve um tempo em que eu me imaginava compositor e não um poeta.
Misturei tudo e acabei não sendo uma coisa nem outra, embora continue
escrevendo. Ganhei um violão e com ele pensava conquistar o mundo, como tinham
feito os Beatles, mas não passei dos primeiros acordes. Sempre fui e continuo
sendo um idealista, embora tenha perdido todas as certezas ao longo do caminho.
Reconheço que somos movidos a paixões, mas Sartre já advertia “que não é tarefa
fácil amar alguém. É preciso ter uma energia, uma curiosidade, uma cegueira...
há até um momento, bem no início, em que é preciso saltar por cima de um
precipício: se refletimos, não o fazemos”. E ele conclui dizendo que nunca mais
saltaria. Compete a nós a decisão e a escolha sobre todos esses pulos no escuro
da vida. Em qualquer caso, resta-nos sempre a literatura.
************
Capa comum: 126 páginas
Ano: 2019
ISBN: 978-85-5833-570-6
Idioma: português
Preço e onde comprar:
R$ 52,00 (incluindo o frete). Direto com o
autor pelos e-mail:
milton.rezende@yahoo.com.br
Formas de pagamento: depósito e
transferência bancária (Banco do Brasil e Caixa Federal) ou PIX
Sobre o autor:
Milton Rezende nasceu em Ervália (MG), em
23/09/1962. Viveu em Juiz de Fora (MG), onde foi estudante de Letras na UFJF.
Funcionário público aposentado, atualmente reside em Campinas (SP). Escreve em
prosa e poesia e sua obra consiste de doze livros publicados. Colaborações em
diversos blogs, revistas, jornais e sites de literatura, tais como: Germina,
Alagunas, Subversa, Jornal de Poesia, O Bule, Poesia para Todos, Palpitar,
Gotas de poesia e Outras essências, Portal Literal, Recanto das Letras, Gaveta
do Ivo, Contos Cabulosos e Cronópios.
Fortuna crítica: “Tempo de
Poesia: Intertextualidade, heteronímia e inventário poético em Milton Rezende”,
de Maria José Rezende Campos (Penalux, 2015).
www.miltoncarlosrezende.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário