Milton,
meu camarada, como a nossa literatura
diz muito de nós mesmos, vejo na sua Anímica um grito que sufoca
a euforia das palavras para encontrar no silêncio a resposta aos barulhos que o
mundo nos empurra goela abaixo como se isso fosse uma faca a nos cortar as
entranhas e uma orquestra de órgãos humanos saltasse de dentro de nós para
tocar sobre nossa matéria uma valsa fazendo os ossos bailarem sobre a
fantasmagórica forma de estar/ser no(o) mundo. Sua poesia e sua prosa, meu
caro, me fizeram lembrar Manuel Bandeira abraçado ao silêncio dos dias para
aquecer sua solidão. Sua Anímica
é a orquestra que toca o ritmo empreendido à vida.
Jonas Pessoa.
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