sexta-feira, 19 de julho de 2024

UMA POESIA A MARTELADAS


 

eu faço versos

como quem martela

as sílabas do vocabulário:

trôpego quase sempre.

 

eu faço poemas

como quem sofre

as pancadas do destino:

difíceis como sempre.

 

eu sobrevivo

como quem hiberna

na escuridão da noite:

dilacerado sempre e sempre.

 

com a música do Led Zeppelin

“since i’ve loving you”

para acompanhar

o meu enterro.

 


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