domingo, 9 de abril de 2023

UMA PALAVRA SOBRE O "DE ANDRADE"

 


O “De Andrade” entrou na minha vida em 2017, como Agente Literário, quando da publicação do livro “Mais uma Xicara de Café”.  Surgiu de uma necessidade, uma vez que eu havia sofrido um derrame cerebral (AVC) em 2016 e tive meus movimentos do lado direito do corpo seriamente afetados. Se decidi publicar este livro logo em sequência, já no ano seguinte à “catástrofe”, eu precisava de um auxiliar direto que me ajudasse a dar uma formatação a esse projeto antes de enviá-los aos meus produtores e revisores habituais: Maria José Rezende Campos e Francisco de Assis Campos, que, inclusive, se encarregaram de preparar para publicação de meu outro livro no mesmo ano de 2017: “Um Andarilho Dentro de Casa”

E assim foi feito, o livro foi publicado e o resultado final me agradou; tanto que em 2019 para a publicação da miscelânea “A Casa Improvisada” convidei-o novamente para exercer aquelas mesmas funções e mais uma vez ele saiu-se bem dentro do que se esperava dele.

Agora para os derradeiros projetos que se avizinham, seja na minha “Antologia Poética – Literária I” já pronta e esperando para sair quando houver (sic) melhores condições de bolso e de pandemia, e que a vacina aplicada a todos os humanos nos torne imunes a esse autêntico pesadelo de final dos tempos.

Ou seja, na eventualidade de eu vir a concluir o livro “Da Essencialidade da Água” ou mesmo se eu for publicar a minha obra definitiva e última, em que pretendo reunir toda a minha produção poética nesses mais de trinta anos de atividade, qual seja, o livro “Obra  Completa – Literária II”, reunindo todos os 7 ou 8 livros de poemas que eu escrevi na vida.

E mais não digo porque todos os novos projetos de criação, em mim, particularmente, sofreram um hiato e uma suspensão ou mesmo uma paralização definitiva, coisa que antes mesmo do caos se instalar em nossas vidas eu já estava deliberando de uma forma mais ou menos consciente.

Portanto, não será a pandemia a única responsável, se isso vier mesmo a acontecer. Só consolidou os indícios e a morte por covid-19 do amigo do poeta e escritor Edson Bráz da Silva e posteriormente a morte por infarto do poeta e tradutor Ivo Barroso representaram um baque e certamente deverá influir nos desdobramentos futuros, naturalmente se houver desdobramentos e principalmente se houver algum futuro.

No que concerne ao “De Andrade” isso acabou, mas não foi uma ruptura dramática, problemática ou mesmo causada por qualquer fator externo de desempenho ou de insatisfação dele ou minha. Veio naturalmente como consequência de um processo que se exauriu. Tenho o maior respeito pela sua pessoa e sou imensamente grato pelo papel que ele desempenhou nos três dos meus livros mais recentes publicados.


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